Jean Baudrillard (Reims, 27 de julho de 1929 – Paris, 6 de março de 2007), sociólogo, poeta, fotógrafo e filósofo francês, jamais foi um acadêmico. Não passou no exame da agrégation (para o cargo de professor secundário), nem teve cargo universitário. Foi estruturalista, adaptando o estruturalismo para compreender o limite entre o real e a imaginação. Dedicou-se ao estudo do impacto das mídias e da tecnologia na vida contemporânea. Sem se importar com as críticas ao seu modo de se expressar e aos conceitos que inventou, procurou demonstrar como a cultura da atualidade é fruto de uma realidade construída, a “hiper-realidade”. Questionou a dominação imposta pelos sistemas de signos, o “valor simbólico”, que substituiu o valor de troca e o valor de uso como matrizes da economia e da sociedade.
Baudrillard é base inconfessada de grande parte do pensamento contemporâneo e de obras de arte em muitos campos, como o dos filmes Matrix (este declaradamente). Neste ensaio, sintetizo a sua posição sobre o trabalho. Examino como, a partir do conceito de sociedade de consumo, Baudrillard evidencia a obsolescência das visões econômicas, sociológicas e psicanalíticas, descrevendo o trabalho enquanto parte essencial da racionalidade do simulacro, na qual o esforço produtivo foi substituído pelos códigos da hiper-realidade.
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