
O termo revolução foi cunhado no Renascimento. Pertencia ao léxico da geometria, adotado para descrever a rotação completa de um cilindro ao redor do seu eixo. Logo migrou para a astronomia, significando o movimento contorcido das estrelas. Foi apenas no final do século XVI, quando as velhas estruturas políticas da Idade Média ruíram, que o termo assumiu um uso metafórico para descrever mudanças radicais e repentinas na sociedade e na política.

O conceito original de rotação completa sobre um eixo real ou imaginário não se aplica ao que hoje assistimos acontecer ao trabalho. Não há somente uma rotação em volta do eixo produção-subsistência, mas uma precessão, um deslocamento das polaridades anteriores para a do consumo-inclusão. Nem o trabalho humano tem o mesmo papel que teve na geração dos bens, nem a subsistência material depende como dependeu do esforço produtivo.
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Publicado por Hermano Roberto Thiry-Cherques
Pós-Doutor pela Médiation Culturelle, Université de Paris. Doutor em Ciência da Engenharia, COPPE – UFRJ. Mestre em Filosofia, IFCS – UFRJ. Bacharel em Administração, EBAP/FGV. Estudos complementares no Brasil e na Alemanha – Deutsche Stiftung für internationale Entwicklung.
Professor Titular – Fundação Getulio Vargas
Senior Researcher – University of Maryland, College Park. Professor Visitante – Université Paris III, Sorbonne Nouvelle
Professor Visitante ESCP-EAP – European School of Management
Professor Visitante – Université de Lilly
Consultor de agências internacionais (Nações Unidas, OEA, UNESCO, OMS, BID), empresas e organizações governamentais, no Brasil e no exterior (Argentina, Chile, Colômbia, Espanha, Equador, Estados Unidos, Guiné-Bissau, Panamá, Paraguai, Peru, Portugal e Venezuela).
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