As baias nos escritórios compartilhados carregam o destino milenar dos labirintos: o insulamento, as rotas angulares, os encontros importunos.
Os espaços divididos são avatares do extravio e da temida proximidade com o Outro. Por trás das divisórias, espreita o chefe-minotauro, o colega debochado, toda a alteridade kafkiana.
No início o inquilino do escritório se alarma com os ecos, com os odores, com os reflexos, com o que sente sem ver. Depois se habitua. Amortece a sensibilidade.
Encerrado no seu cubículo, o habitante da baia leva a existência como a leva o tigre enjaulado de Borges. Mas existe uma diferença.
O animal preso desconhece que está ali para sempre. Sereno, aguarda o passar dos dias. No labirinto, o assalariado, consciente da possibilidade de outro destino, conforma-se. Entorpece sua consciência.
Pós-Doutor pela Médiation Culturelle, Université de Paris. Doutor em Ciência da Engenharia, COPPE – UFRJ. Mestre em Filosofia, IFCS – UFRJ. Bacharel em Administração, EBAP/FGV. Estudos complementares no Brasil e na Alemanha – Deutsche Stiftung für internationale Entwicklung.
Professor Titular – Fundação Getulio Vargas
Senior Researcher – University of Maryland, College Park. Professor Visitante – Université Paris III, Sorbonne Nouvelle
Professor Visitante ESCP-EAP – European School of Management
Professor Visitante – Université de Lilly
Consultor de agências internacionais (Nações Unidas, OEA, UNESCO, OMS, BID), empresas e organizações governamentais, no Brasil e no exterior (Argentina, Chile, Colômbia, Espanha, Equador, Estados Unidos, Guiné-Bissau, Panamá, Paraguai, Peru, Portugal e Venezuela).
ÁREAS DE INTERESSE
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Modelagem de Projetos
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