Os estabelecimentos universitários preservam, com zelo e carinho, o que, desde a criação das primeiras instituições na Idade Média, tem sido a pior toxina para o desenvolvimento das ciências e da sociedade: o professorordinarìus.
O ordinarìus é o docente estável, o erudito anódino, o carreirista intelectualmente decaído. É o seguidor das regras, o incapaz de pensar por si mesmo, de confrontar as ideias vencidas e os institutos cadentes.
Nada afasta o ordinarìus da mesquinharia. O estímulo, seja o monetário, seja o estatutário só o piora. A sua ambição pessoal está abaixo da esfera do intelecto. Está nos galardões, na imagem que pretende transmitir, no ascenso social, na acumulação para a velhice.
Servidor e beneficiário da estupidez institucionalizada, os ordinarii se dedicam a controlar a existência. A própria, a dos colegas e a dos alunos. Evangelizadores sem boa-nova, esses obstinados destituiem a capacidade de resistência e o direito de escolha. À força de exercerem a coerência, desconhecem que a ordem deve fazer sentido. Mínimo que seja.
Pós-Doutor pela Médiation Culturelle, Université de Paris. Doutor em Ciência da Engenharia, COPPE – UFRJ. Mestre em Filosofia, IFCS – UFRJ. Bacharel em Administração, EBAP/FGV. Estudos complementares no Brasil e na Alemanha – Deutsche Stiftung für internationale Entwicklung.
Professor Titular – Fundação Getulio Vargas
Senior Researcher – University of Maryland, College Park. Professor Visitante – Université Paris III, Sorbonne Nouvelle
Professor Visitante ESCP-EAP – European School of Management
Professor Visitante – Université de Lilly
Consultor de agências internacionais (Nações Unidas, OEA, UNESCO, OMS, BID), empresas e organizações governamentais, no Brasil e no exterior (Argentina, Chile, Colômbia, Espanha, Equador, Estados Unidos, Guiné-Bissau, Panamá, Paraguai, Peru, Portugal e Venezuela).
ÁREAS DE INTERESSE
Organizações e Trabalho
Modelagem de Projetos
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Métodos de Pesquisa
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