Epistemologia

Denomina-se “analítica” a corrente filosófica que tem como alicerces o distanciamento do historicismo, a utilização de instrumental lógico-linguístico e o foco no conteúdo das teses e proposições.
A filosofia analítica nega que haja procedimentos exclusivos da razão lógica, que haja algo como sendo “a” filosofia. Considera legítimos todos os processos que sirvam para estender o corpus dos conhecimentos. Não possui métodos rígidos. Sua epistemologia se distingue pela preocupação em ser clara.
Os filósofos que abraçam o modo analítico de reflexão se dedicam à explicar o cotidiano e as noções da opinião corrente, a expor os argumentos que se aceita e os que se rejeita, a manifestar o critério de aceitação e de rejeição de forma inteligível a todos.
A crítica que procedem requer a compreensão das circunstâncias e dos grandes problemas contemporâneos. Não emprestam maior atenção a detalhes históricos ou procedurais. Tratam todas as matérias no espaço do pensamento racional (espaço lógico), sem limitações de escolas e formas de pensar.
No que tange à heurística, os filósofos analíticos detêm o mérito de denunciar a erudição que se funda em mera comodidade classificatória. Não menor é a virtude de terem estabelecido que o jargão e o obscuro violam as normas elementares de respeito mútuo entre os seres pensantes.
Os mentores da filosofia analítica que mais contribuíram para o entendimento da descoberta e da invenção foram: Gottlob Frege, precursor, Ludwig Wittgenstein, considerado o pai dessa forma de pensar e os positivistas lógicos Willard Van Orman Quine e Karl Popper.
br>