Pero de Magalhães Gândavo (Braga, 1540-1579), no Tratado da Terra do Brasil, escreveu que a língua dos índios brasileiros “… carece de três letras, convém a saber, não se acha nela (no Tupi) F, nem L, nem R, cousa digna de espanto porque assim não têm Fé, nem Lei, nem Rei e desta maneira vivem desordenadamente, sem terem além disso conta, nem peso nem medida.”
O argumento, similar aos raciocínios filológicos de Heidegger, é disparatado. Mas a constatação é verdadeira. O anarquismo é natural. Está presente na maioria dos povos não contaminados pela lubricidade e pela cobiça.
Gândavo, Pero Magalhães (1576). Tratado da Terra do Brasil e História da Província de Santa Cruz a que vulgarmente chamamos de Brasil. Citado por Bosi, Alfredo (2015). História concisa da literatura brasileira. São Paulo. Cultrix (44ª. Edição).
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CHERQUES, Hermano Roberto Thiry, 2022 – A Ponte: pensar o trabalho, o trabalho de pensar – https://hermanoprojetos.com/
Pós-Doutor pela Médiation Culturelle, Université de Paris. Doutor em Ciência da Engenharia, COPPE – UFRJ. Mestre em Filosofia, IFCS – UFRJ. Bacharel em Administração, EBAP/FGV. Estudos complementares no Brasil e na Alemanha – Deutsche Stiftung für internationale Entwicklung.
Professor Titular – Fundação Getulio Vargas
Senior Researcher – University of Maryland, College Park. Professor Visitante – Université Paris III, Sorbonne Nouvelle
Professor Visitante ESCP-EAP – European School of Management
Professor Visitante – Université de Lilly
Consultor de agências internacionais (Nações Unidas, OEA, UNESCO, OMS, BID), empresas e organizações governamentais, no Brasil e no exterior (Argentina, Chile, Colômbia, Espanha, Equador, Estados Unidos, Guiné-Bissau, Panamá, Paraguai, Peru, Portugal e Venezuela).
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